Um bravo indiozinho, filho do chefe Grande Cabeça Negra e Grossa, aproximou-se do pai numa manhã de radioso Sol e perguntou-lhe:
— Meu pai, por que é que os nomes dos índios são tão compridos, e não são como os dos caras-pálidas que se chamam Zé, Mané ou João?
— Meu Filho, os nossos nomes são um símbolo da beleza natural de tudo o que acontece e representam a riqueza da nossa cultura na sua forma de expressão.
— Como assim?
— Por exemplo, a tua irmã chama-se Lua Cheia no Grande Lago porque foi feita numa noite em que eu e a tua mãe andávamos a passear à beira dele numa noite de luar, nos abraçamos, beijamos e o amor gerou a vida dela.
— Humm...
— Olha, o teu irmão chama-se Grande Corcel das Pradarias Imensas porque um dia vinha com a tua mãe a regressar à aldeia pela pradaria, fora estava muito sol, resolvemos descansar, abraçamo-nos, beijamo-nos e ele foi gerado.
— Ah!
— O que queres tu saber mais, meu pequeno Camisinha de Merda Furada Vinda da China?

 Bonito nome.